segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Capa de Gibi

Sempre gostei de revistas em quadrinhos e confesso que já comprei muitas só por causa das capas, às vezes com resultados decepcionantes, já que nem sempre o conteúdo era tão bom quanto a embalagem.
Depois que comecei com este blog, toda vez que encontrava uma
capa dessas de encher os olhos, queria colocá-la aqui, mas nem sempre era possível. Resolvi então criar um espaço dedicado apenas a isso. Não tive nem dúvidas quanto ao nome: Capa de Gibi. Levei mais tempo pra fazer o
baner que para escolher o nome, que, antes que alguém diga, é mais que óbvio.
Não é um catálogo virtual de publicações, mas apenas uma seleção das melhores capas que vou achando por aí, seja de publicações nacionais ou estrangeiras nos mais diversos gêneros, além de comentários e curiosidades.
Descobri ser uma tarefa um tanto quanto árdua, já que além do trabalho de pesquisa, tenho que restaurar a maioria das imagens, mas compensa colocar um material de qualidade na rede e contribuir para sua preservação.

Como algumas publicações são voltadas para o público adulto, coloquei uma advertência sobre conteúdo para evitar que algum guri desavisado se depare com alguma imagem imprópria para sua faixa etária.
Clique aqui para acessar o Capa de Gibi, e bom divertimento!

sábado, 25 de julho de 2009

Criadores e criaturas - A história das HQs

Estava revirando minhas revistas velhas quando me deparei com uma que trazia uma lista dos principais personagens das HQs. Por discordar da tal lista, e por absoluta falta do que fazer, resolvi criar a minha própria. Sempre gostei de catalogar. É quase uma compulsão. Mas enfim, fui pesquisar e acabei encontrando muita coisa interessante, como o trabalho pioneiro do brasileiro Ângelo Agostini.
Meu critério foi simplesmente garimpar os personagens de maior relevância em seus países de origem e no restante do mundo. O grosso da produção das HQs, como todos já sabem, é americana, mas... "Nem só de Marvel e DC viverá o homem..."

1827 - Monsieur Vieux Bois de Rodolphe Töpffer, Suíça.
1865 - Max & Mortitz (Juca e Chico) de Wihelm Busch, Alemanha.
1869 - Nhô Quim de Ângelo Agostini, Brasil.
1883 - Zé Caipora de Ângelo Agostini, Brasil.
1889 - Fammille Fenouillard de George Colombo, França.
1895 - Yellow Kid (Menino Amarelo) de Richard Outcaut, EUA.
1905 - Little Nemo de Winsor MacCay, EUA.
1907 - Mutt & Jeff de Harry Fischer, EUA.
1913 - Krazy Kat de George Herriman, EUA.
1916 - Jiggs (Pafúncio) de George MacManus, EUA.
1929 - Buck Rogers de Phil Nowlan/Dick calkins; Popeye de Elzie C. Segar; Tarzan de Edgar Rice Burrougs e Hal Foster, EUA e Tintin de Hergé, Bélgica.
1931 - Dick Tracy de Chester Gould, EUA.
1932 - Conan de Robert E. Howard,EUA e Alley Oop (Brucutu) de Vincent T. Hamlin, EUA.
1934 - Li'l Abner (Ferdinando) de Al Capp; Flash Gordon de Alex Raimond; Mandrake de Lee Falk e Phil Davis e Terry and the Pirates (Terry e os Piratas) de Milton Caniff, EUA.
1935 - Little Lulu (Luluzinha) de Marge, EUA.
1936 - Phanton (Fantasma) de Lee Falk e Ray Moore, EUA.
1937 - Prince Valiant (Príncipe Valente) de Hal Foster, EUA.
1938 - Superman - Jerry Siegel e Joe Schuster, EUA
1939 - Batman de Bob Kane; Namor de Bill Everett e Human Touch (Tocha Humana) de Carl Burgos, EUA.
1940 - Spirit de Will Eisner e The Joker (Coringa) de Bill Finger e Bob Kane, EUA.
1941 - Capitain America (Capitão América) de Joe Simon e Jack Kirb e Wonder Woman (Mulher Maravilha) de W. M. Marston, EUA.
1947 - Donald Duck (Pato Donald) de Carl Barks, EUA e Lucky Luke de Maurice de Bevére, Bélgica.
1948 - Tex de Giovanni Bonelli e Aureliano Galleppini, Itália.
1949 - Kript Keeper (Zeladodor da Cripta) de Al Feldstein, EUA e Condorito de René Rios, Chile.
1950 - Peanuts (Snoop) de Charles Schulz e Beetle Bailey (Recruta Zero) de Mort Walker, EUA.
1951 - Tetsuwan-Aton (Astroboy) de Osamu Tesuka, Japão.
1958 - Les Schtroumpfs (Os Smurfs) de Peyo, Bélgica e Mortadelo Y Filemón (Mortadelo e Salaminho) de Francisco Ibañez, Espanha.
1959 - Bidu de Maurício de Souza e Pererê de Ziraldo, Brasil e Asterix de René Goscinny e Albert Uderzo, França.
1961 - Zagor de Sergio Bonelli e Galieno Ferri, Itália.
1962 - Spider Man (Homem Aranha) e Hulk, de Stan Lee e Jack Kirb, EUA e Barbarella de Jean Claude Forrest, França.
1963 - Mônica de Maurício de Souza, Brasil, Iron Man (Homem de Ferro) de Stan Lee; X-Men de Stan Lee e Jack Kirb, EUA e Blueberry de Jean-Michel Charlier e Jean "Moebius" Giraud, França.
1964 - Mafalda de Quino, Argentina.
1965 - Fritz, the Cat de Robert Chumb, EUA e Valentina de Guido Crepax, Itália.
1969 - Vampirella de James Warren, EUA.
1970 - Corto Maltese de Hugo Prat, França e Kozure Okami (Lobo Solitário) de Kazuo Koike e Goseki Kojima, Japão.
1972 - Swamp Thing (Monstro do Pântano) de Len Wein e Berni Wringhtson e Jonah Hex de John Albano e Tony DeZuniga, EUA e Zora, La Vampira de Giuseppe Pederiali e Balzano Biraghi, Itália.
1974 - Wolverine de Len Wein, EUA.
1975 - Mister No de Sergio Bonelli e Galieno Ferri, Itália.
1977 - Cerebus de Dave Sim, EUA; Ken Parker de Giancarlo Berardi e Ivo Millazo, Itália e Judge Dreed de Pat Mills e John Wagner, Inglaterra.
1978 - RanXerox de Tanino Liberatore e Stefano Tamburini, Itália.
1980 - Elektra de Frank Miller, EUA e O Menino Maluquinho de Ziaraldo, Brasil.
1982 - Martin Mistére de Alfredo Castelli, Itália.
1983 - American Flagg de Howard Chaykin, EUA.
1984 - Rê Bordosa de Angeli, Brasil e Teenage Mutant Ninja Turtles (Tartarugas Ninja) de Kevin Eastman e Peter Laird, EUA.
1985 - Groo de Sérgio Aragonés e Hellblazer (John Constantine) de Alan Moore, EUA e Druuna de Paolo Eleuteri Serpieri, Itália.
1986 - Dilan Dog de Tiziano Sclavi, Itália; Concreto de Paul Chadwick, Rorschach (Watchmen) de Alan Moore e Dave Gibbons, EUA e Leão Negro de Cyntia Carvalho e Ofeliano de Almeida, Brasil
1989 - Sandman de Neil Gaiman, EUA.
1991 - Bone de Jeff Smith e Hellboy de Mike Mignola, EUA.
1992 - Spawn de Todd McFarlaine, EUA e Gon de Masashi Tanaka, Japão.
1993 - Katchoo (Estranhos no Paraíso) de Terry Moore, EUA.
1995 - Jesse Custer (Preacher) de Garth Ennis Steve Dillon, EUA.
1997 - Mágico Vento de Gianfranco Manfredi, Itália.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

sábado, 27 de junho de 2009

Navalha, um herói muito estranho

Imagine um bandido qualquer, praticando um delito qualquer, quando subitamente salta sobre ele um sujeito grandalhão, de colante verde e com cara de javali!... É pra deixar qualquer um em choque!
Ninguém em seu juízo perfeito poderia conceber que já possa ter existido um super-herói caminhoneiro, que usa uma cabeça de javali e atende pelo nome de... Navalha! Ninguém, com exeção dos caras da Marvel, que conceberam essa aberração. Dá até medo de olhar pra isso.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Chacal - western spaguetti regado a sangue

A história do Chacal é uma daquelas confusões infernais que as editoras costumam fazer e que depois ninguém mais entende. Vamos por partes, como diria o próprio personagem ao ter dificuldade em carregar uma de suas vítimas...
A editora Vecchi, em 1980, publicou a HQ italiana Judas, que teve 16 números e foi republicada em 1989 pela editora Record. Tratava-se de um pistoleiro que trabalha para uma agência de investigação, que nutria ódio mortal (mortal mesmo!) pelos criminosos, recebendo deles seu apelido bíblico e nada lisonjeiro, ao abandonar a vida de bandido e perseguir impiedosamente qualquer infeliz que agisse fora da lei. Ao lançar essa série no Brasil, a Vecchi alterou o nome Judas, para Chacal, afim de dar continuidade à série após o esgotamento das edições da Sergio Bonelli Editore. Após o número 16, a Vecchi deu continuidade à série, mas com um personagem criado no Brasil pelo brasileiro Antônio Ribeiro e desenhado pelos artistas Jordi e Antônio Homobono Baliero. Esse novo Chacal era um caçador de recompensas homicida chamado Tony Carson, sem nenhuma relação com o tal Judas.
Se o "Chacal" italiano já era violento, o nosso era o diabo encarnado, uma verdadeira ode à brutalidade do velho oeste. Longe de ser um "mocinho", Carson era completamente amoral e sem limites. Para ele, bandidos eram mais fáceis de serem levados às autoridades quando estavam mortos e se possível aos pedaços.
Nessa violeta HQ não havia absolutamente nada dos supostos "bons valores americanos" e talvez seja isso que a torna tão real. Caçar criminosos brutalmente, torturar, matar e gastar o dinheiro das recompensas nos saloons e prostíbulos era uma rotina diária pra Carson, que era, afinal de contas, igual a tantos outros de sua época.
A Vecchi publicou O Chacal até o número 28 em 1982, ou seja 16 edições com Judas (da Bonelli) e mais 12 com Tony Carson. Anos mais tarde, ao trabalhar em tiras cômicas para jornais norte-americanos, Antônio Ribeiro assinava com o pseudônimo de Tony Carson, deixando claro a importância que o personagem teve em sua carreira.
Em 1993, a editora BLC republicou cinco dessas edições além de um especial com 160 páginas e a Nova Sampa republicou mais duas. Pra quem já está cansado de Tex, vale a pena procurar por essas HQs, mas o aviso está dado: Tony Carson é malvado mesmo!

domingo, 21 de junho de 2009

Alex Toth, o mago da HB

Alex Toth, nascido em Nova em 1928, iniciou sua careira com quinze anos de idade, e inicialmente, queria desenhar tiras de quadrinhos para jornais, coisa que não dava muito dinheiro na época.
Criou um estilo de desenho simples e extremamente eficiente, conseguindo dizer o que queria com apenas algumas linhas, em tomadas diretas e instantâneas. Na década de 1960 direcionou suas atividades para a produção de desenhos animados, que considerava uma atividade mais rentável do que quadrinhos.
Suas atividades nos estúdios Hanna-Barbera, incluíram storyboards, montagem, revisão, efeitos e a criação de uma galeria de personagens notáveis. Não é por acaso que ele é considerado o criador do estilo de desenhos animados nos anos 60 e 70. Space Ghost e Herculóides, entre outros, são obras suas.
Além de suas atividades quase onipresentes na HB, Toth frequentemente estava envolvido em algum projeto de HQs para editoras americanas Warren, Dell e DC Comics, em quase todos os gêneros imagináveis, de super heróis ao terror.
Toth morreu fazendo o que mais gostava, desenhando em sua prancheta, aos 87 anos de idade, em 27 de maio de 2006.
Visite sua página oficial e veja alguns dos seus trabalhos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Batman 1943



Os comics, em meados década de 1930, começaram a ter seus personagens levados para as telas de cinema, e Batman, criado por bob Kane em 1939, não demorou a ter sua versão em carne e osso. Em junho de 1943, encarnado pelo ator Lewis Wilson, "The Batman" fez sua estreia cinematográfica em um seriado de 15 capítulos de aproximadamente 20 minutos cada, produzido pela Columbia Pictures. Esses filmes seriados invariavelmente acabavam quando o herói estava em apuros, para que os expectadores voltassem na semana seguinte para ver o desfecho.
Nessa versão de pequeno orçamento, dirigida por Lambert Hillyer, Batman e Robin (Douglas Croft) são agentes do FBI, e seu principal inimigo era o Dr. Tito Daka (J. Carrol Naish), um cientista japonês com o estranho hábito de criar crocodilos e alimentá-los com frangos.
O uniforme do herói era uma atração à parte. A máscara era grande e folgada, com orelhas que mais pareciam chifres e que caiam pros lados o tempo todo. O resto da roupa, que nos dias atuais não convenceria nem em uma festa a fantasia, tinha uma capa que frequentemente se enrolava no corpo. O cinto de utilidades, por estranho que possa parecer, não tinha nenhuma arma ou equipamento, ou seja, era inútil!
O batmóvel era uma limusine, por sinal a mesma usada por Bruce Waine e dirigida por seu mordomo Alfred (Willian Austin), e Robim tinha uma máscara igual a do Zorro, presa por cordões nas orelhas.
Uma coisa interessante sobre esse filme precursor do Homem-Morcego é que nele a batcaverna aparece pela primeira vez e só posteriormente foi incorporada aos comics. Outra curiosidade é que o herói marca os criminosos que captura com um morceguinho no rosto, como fazia o Fantasma, criado por Lee Falk alguns anos antes, com seu anel da caveira.
Os 15 capítulos da série foram reunidos em DVD e lançados nos EUA em 2005 e vários trechos podem ser encontrados na Internet. The Batman, além da sua importância histórica, é uma pérola trash e um deleite para qualquer fã, seja para conhecer os primórdios do herói no cinema ou só para rir das situações inusitadas e ridículas que surgem durante o filme.

domingo, 3 de maio de 2009

Jungle girls

Seguindo o rastro de sucesso de Tarzan, de Edgar Rice Burroughs, surgiram os Jungle Comics em meados da década de 1930. A idéia era sempre a mesma: um aventureiro civilizado, ou quase isso, vivendo na selva. Havia uma infinidade de títulos, como Jumbo Comics, Sheena, Jungle Comics, White Princess of the Jungle, Congo Comics, e Exiting Comics, essa última com nome bastante sugestivo.
As aventuras geralmente se passavam no Congo. Não se sabe bem o motivo, mas talvez porque fosse o único país africano do qual os artistas americanos conseguissem se lembrar.
Acontece que esses clones do Tarzan precisavam de companhia em suas aventuras e nada melhor para um homem solitário no meio do mato que uma bela mulher. O próprio Tarzan tinha sua Jane, então todos precisavam de uma companheira também.
As popularmente conhecidas Jungle girls tiveram uma grande importância para os soldados americanos na Segunda Guerra, pois sempre apareciam nos comics com um mínimo de roupa aceitável para a época. Aquelas inocentes revistinhas recheadas de mocinhas loiras em trajes sumários de pele de leopardo, certamente tinham uma utilidade extra-literária para eles nas desoladas trincheiras da Europa.
Com o fim da guerra, os Jungle Comics perderam seus ávidos leitores nos campos de batalha, mas continuariam sendo publicados, mesmo com as restrições impostas pelo Comic Code.
Em 1965, a Marvel criou Ka-Zar, o Senhor da Terra Selvagem, filho de um nobre inglês, ele vive em um paraíso isolado de clima tropical em plena Antártida, povoada por espécies de animais extintos no resto do mundo, principalmente dinossauros.
Ka-Zar perambulava pela Terra selvagem em companhia de Zabu, um feroz tigre dentes de sabre e de Shanna, uma mocinha loira em trajes sumários de pele de leopardo.
Recentemente o artista Frank Cho recriou a Shanna, sem o Ka-Zar e bem mais interessante e, digamos, mais dotada que a original. Frank Cho teria ficado milionário nos anos da grande guerra.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Boas recordações

Uma bela homenagem aos super-heróis que fizeram a alegria de tanta gente nos antigos seriados de TV. Eu nem lembrava mais que o Shazam também tinha o seu. Na boa, Alex Ross é o cara!

Bancas explosivas

Segundo Ana Maria Bahiana, em seu Almanaque anos 70, no final daquela década as bancas de jornal tornaram-se lugares temporariamente inóspitos por conta de alguns malucos que resolveram explodir algumas que, segundo eles vendiam "jornais alternativos e revistas e jornais pornográficos". Os grupos (de fanáticos e dosocupados) Brigadas Moralistas, Falange Pátria Nova e Comando de Caça aos Comunistas assumiram-se responsáveis pelos ataques.
Quando a gente pensa que já viu de tudo...