
As edições eram volumosas e bem cuidadas, com capas pintadas, bonitas de se ver. Os desenhos, sempre em preto e branco, sofriam com um estilo acadêmico meio monótono, mas mesmo assim razoáveis.
Os diversos títulos variavam do conto de fadas malicioso ao terror. As histórias eram recheadas de sexo e devassidão para todos os gostos e, invariavelmente, violentas. Na França, onde também foram publicadas, algumas chegaram a ser censuradas. Aparentemente, nenhuma idéia era demasiadamente grosseira ou de mau gosto para a equipe de produção dessas revistas.
Branquela (Biancaneve, no original), a Branca de Neve versão fumetti, era uma das mais divertidas. Dá para imaginar o que acontecia nas histórias... Orgia de Branquela com os anões, a rainha má em uma missa negra e até uma impagável cena de Branquela transando com Chapéuzinho Vermelho.
Já as histórias do Conde Dinho, passavam-se nos anos 30 e narravam as terríveis aventuras de Jimmy Wallestein, um milionário que ocultava o rosto deformado e odioso sob uma máscara. Apesar do que as ilustrações das capas sugerem, não se tratava de horror sobrenatural, mas de um monstro cruel e sádico, que caçava criminosos impiedosamente, aplicando sua justiça violenta a qualquer custo.

Zarro, “o mascarado traçador”, era um espadachim que, além de combater a injustiça e a opressão tinha o hábito de desenhar um “Z” nas bundas das mulheres; e Playcolt, um espião internacional igualzinho ao Alan Dellon, capaz de coisas que deixariam o 007 vermelho de vergonha.
Como eu já disse, o bom-gosto não era o forte dessa revistas, portanto, se você é um leitor exigente não perca tempo procurando por elas. Porém, se você é um daqueles que tem uma curiosidade mórbida por bizarrices, vale a pena conhecer esse material.
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