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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Capa de Gibi

Sempre gostei de revistas em quadrinhos e confesso que já comprei muitas só por causa das capas, às vezes com resultados decepcionantes, já que nem sempre o conteúdo era tão bom quanto a embalagem.
Depois que comecei com este blog, toda vez que encontrava uma
capa dessas de encher os olhos, queria colocá-la aqui, mas nem sempre era possível. Resolvi então criar um espaço dedicado apenas a isso. Não tive nem dúvidas quanto ao nome: Capa de Gibi. Levei mais tempo pra fazer o
baner que para escolher o nome, que, antes que alguém diga, é mais que óbvio.
Não é um catálogo virtual de publicações, mas apenas uma seleção das melhores capas que vou achando por aí, seja de publicações nacionais ou estrangeiras nos mais diversos gêneros, além de comentários e curiosidades.
Descobri ser uma tarefa um tanto quanto árdua, já que além do trabalho de pesquisa, tenho que restaurar a maioria das imagens, mas compensa colocar um material de qualidade na rede e contribuir para sua preservação.

Como algumas publicações são voltadas para o público adulto, coloquei uma advertência sobre conteúdo para evitar que algum guri desavisado se depare com alguma imagem imprópria para sua faixa etária.
Clique aqui para acessar o Capa de Gibi, e bom divertimento!

sábado, 25 de julho de 2009

Criadores e criaturas - A história das HQs

Estava revirando minhas revistas velhas quando me deparei com uma que trazia uma lista dos principais personagens das HQs. Por discordar da tal lista, e por absoluta falta do que fazer, resolvi criar a minha própria. Sempre gostei de catalogar. É quase uma compulsão. Mas enfim, fui pesquisar e acabei encontrando muita coisa interessante, como o trabalho pioneiro do brasileiro Ângelo Agostini.
Meu critério foi simplesmente garimpar os personagens de maior relevância em seus países de origem e no restante do mundo. O grosso da produção das HQs, como todos já sabem, é americana, mas... "Nem só de Marvel e DC viverá o homem..."

1827 - Monsieur Vieux Bois de Rodolphe Töpffer, Suíça.
1865 - Max & Mortitz (Juca e Chico) de Wihelm Busch, Alemanha.
1869 - Nhô Quim de Ângelo Agostini, Brasil.
1883 - Zé Caipora de Ângelo Agostini, Brasil.
1889 - Fammille Fenouillard de George Colombo, França.
1895 - Yellow Kid (Menino Amarelo) de Richard Outcaut, EUA.
1905 - Little Nemo de Winsor MacCay, EUA.
1907 - Mutt & Jeff de Harry Fischer, EUA.
1913 - Krazy Kat de George Herriman, EUA.
1916 - Jiggs (Pafúncio) de George MacManus, EUA.
1929 - Buck Rogers de Phil Nowlan/Dick calkins; Popeye de Elzie C. Segar; Tarzan de Edgar Rice Burrougs e Hal Foster, EUA e Tintin de Hergé, Bélgica.
1931 - Dick Tracy de Chester Gould, EUA.
1932 - Conan de Robert E. Howard,EUA e Alley Oop (Brucutu) de Vincent T. Hamlin, EUA.
1934 - Li'l Abner (Ferdinando) de Al Capp; Flash Gordon de Alex Raimond; Mandrake de Lee Falk e Phil Davis e Terry and the Pirates (Terry e os Piratas) de Milton Caniff, EUA.
1935 - Little Lulu (Luluzinha) de Marge, EUA.
1936 - Phanton (Fantasma) de Lee Falk e Ray Moore, EUA.
1937 - Prince Valiant (Príncipe Valente) de Hal Foster, EUA.
1938 - Superman - Jerry Siegel e Joe Schuster, EUA
1939 - Batman de Bob Kane; Namor de Bill Everett e Human Touch (Tocha Humana) de Carl Burgos, EUA.
1940 - Spirit de Will Eisner e The Joker (Coringa) de Bill Finger e Bob Kane, EUA.
1941 - Capitain America (Capitão América) de Joe Simon e Jack Kirb e Wonder Woman (Mulher Maravilha) de W. M. Marston, EUA.
1947 - Donald Duck (Pato Donald) de Carl Barks, EUA e Lucky Luke de Maurice de Bevére, Bélgica.
1948 - Tex de Giovanni Bonelli e Aureliano Galleppini, Itália.
1949 - Kript Keeper (Zeladodor da Cripta) de Al Feldstein, EUA e Condorito de René Rios, Chile.
1950 - Peanuts (Snoop) de Charles Schulz e Beetle Bailey (Recruta Zero) de Mort Walker, EUA.
1951 - Tetsuwan-Aton (Astroboy) de Osamu Tesuka, Japão.
1958 - Les Schtroumpfs (Os Smurfs) de Peyo, Bélgica e Mortadelo Y Filemón (Mortadelo e Salaminho) de Francisco Ibañez, Espanha.
1959 - Bidu de Maurício de Souza e Pererê de Ziraldo, Brasil e Asterix de René Goscinny e Albert Uderzo, França.
1961 - Zagor de Sergio Bonelli e Galieno Ferri, Itália.
1962 - Spider Man (Homem Aranha) e Hulk, de Stan Lee e Jack Kirb, EUA e Barbarella de Jean Claude Forrest, França.
1963 - Mônica de Maurício de Souza, Brasil, Iron Man (Homem de Ferro) de Stan Lee; X-Men de Stan Lee e Jack Kirb, EUA e Blueberry de Jean-Michel Charlier e Jean "Moebius" Giraud, França.
1964 - Mafalda de Quino, Argentina.
1965 - Fritz, the Cat de Robert Chumb, EUA e Valentina de Guido Crepax, Itália.
1969 - Vampirella de James Warren, EUA.
1970 - Corto Maltese de Hugo Prat, França e Kozure Okami (Lobo Solitário) de Kazuo Koike e Goseki Kojima, Japão.
1972 - Swamp Thing (Monstro do Pântano) de Len Wein e Berni Wringhtson e Jonah Hex de John Albano e Tony DeZuniga, EUA e Zora, La Vampira de Giuseppe Pederiali e Balzano Biraghi, Itália.
1974 - Wolverine de Len Wein, EUA.
1975 - Mister No de Sergio Bonelli e Galieno Ferri, Itália.
1977 - Cerebus de Dave Sim, EUA; Ken Parker de Giancarlo Berardi e Ivo Millazo, Itália e Judge Dreed de Pat Mills e John Wagner, Inglaterra.
1978 - RanXerox de Tanino Liberatore e Stefano Tamburini, Itália.
1980 - Elektra de Frank Miller, EUA e O Menino Maluquinho de Ziaraldo, Brasil.
1982 - Martin Mistére de Alfredo Castelli, Itália.
1983 - American Flagg de Howard Chaykin, EUA.
1984 - Rê Bordosa de Angeli, Brasil e Teenage Mutant Ninja Turtles (Tartarugas Ninja) de Kevin Eastman e Peter Laird, EUA.
1985 - Groo de Sérgio Aragonés e Hellblazer (John Constantine) de Alan Moore, EUA e Druuna de Paolo Eleuteri Serpieri, Itália.
1986 - Dilan Dog de Tiziano Sclavi, Itália; Concreto de Paul Chadwick, Rorschach (Watchmen) de Alan Moore e Dave Gibbons, EUA e Leão Negro de Cyntia Carvalho e Ofeliano de Almeida, Brasil
1989 - Sandman de Neil Gaiman, EUA.
1991 - Bone de Jeff Smith e Hellboy de Mike Mignola, EUA.
1992 - Spawn de Todd McFarlaine, EUA e Gon de Masashi Tanaka, Japão.
1993 - Katchoo (Estranhos no Paraíso) de Terry Moore, EUA.
1995 - Jesse Custer (Preacher) de Garth Ennis Steve Dillon, EUA.
1997 - Mágico Vento de Gianfranco Manfredi, Itália.

sábado, 27 de junho de 2009

Navalha, um herói muito estranho

Imagine um bandido qualquer, praticando um delito qualquer, quando subitamente salta sobre ele um sujeito grandalhão, de colante verde e com cara de javali!... É pra deixar qualquer um em choque!
Ninguém em seu juízo perfeito poderia conceber que já possa ter existido um super-herói caminhoneiro, que usa uma cabeça de javali e atende pelo nome de... Navalha! Ninguém, com exeção dos caras da Marvel, que conceberam essa aberração. Dá até medo de olhar pra isso.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Chacal - western spaguetti regado a sangue

A história do Chacal é uma daquelas confusões infernais que as editoras costumam fazer e que depois ninguém mais entende. Vamos por partes, como diria o próprio personagem ao ter dificuldade em carregar uma de suas vítimas...
A editora Vecchi, em 1980, publicou a HQ italiana Judas, que teve 16 números e foi republicada em 1989 pela editora Record. Tratava-se de um pistoleiro que trabalha para uma agência de investigação, que nutria ódio mortal (mortal mesmo!) pelos criminosos, recebendo deles seu apelido bíblico e nada lisonjeiro, ao abandonar a vida de bandido e perseguir impiedosamente qualquer infeliz que agisse fora da lei. Ao lançar essa série no Brasil, a Vecchi alterou o nome Judas, para Chacal, afim de dar continuidade à série após o esgotamento das edições da Sergio Bonelli Editore. Após o número 16, a Vecchi deu continuidade à série, mas com um personagem criado no Brasil pelo brasileiro Antônio Ribeiro e desenhado pelos artistas Jordi e Antônio Homobono Baliero. Esse novo Chacal era um caçador de recompensas homicida chamado Tony Carson, sem nenhuma relação com o tal Judas.
Se o "Chacal" italiano já era violento, o nosso era o diabo encarnado, uma verdadeira ode à brutalidade do velho oeste. Longe de ser um "mocinho", Carson era completamente amoral e sem limites. Para ele, bandidos eram mais fáceis de serem levados às autoridades quando estavam mortos e se possível aos pedaços.
Nessa violeta HQ não havia absolutamente nada dos supostos "bons valores americanos" e talvez seja isso que a torna tão real. Caçar criminosos brutalmente, torturar, matar e gastar o dinheiro das recompensas nos saloons e prostíbulos era uma rotina diária pra Carson, que era, afinal de contas, igual a tantos outros de sua época.
A Vecchi publicou O Chacal até o número 28 em 1982, ou seja 16 edições com Judas (da Bonelli) e mais 12 com Tony Carson. Anos mais tarde, ao trabalhar em tiras cômicas para jornais norte-americanos, Antônio Ribeiro assinava com o pseudônimo de Tony Carson, deixando claro a importância que o personagem teve em sua carreira.
Em 1993, a editora BLC republicou cinco dessas edições além de um especial com 160 páginas e a Nova Sampa republicou mais duas. Pra quem já está cansado de Tex, vale a pena procurar por essas HQs, mas o aviso está dado: Tony Carson é malvado mesmo!

domingo, 21 de junho de 2009

Alex Toth, o mago da HB

Alex Toth, nascido em Nova em 1928, iniciou sua careira com quinze anos de idade, e inicialmente, queria desenhar tiras de quadrinhos para jornais, coisa que não dava muito dinheiro na época.
Criou um estilo de desenho simples e extremamente eficiente, conseguindo dizer o que queria com apenas algumas linhas, em tomadas diretas e instantâneas. Na década de 1960 direcionou suas atividades para a produção de desenhos animados, que considerava uma atividade mais rentável do que quadrinhos.
Suas atividades nos estúdios Hanna-Barbera, incluíram storyboards, montagem, revisão, efeitos e a criação de uma galeria de personagens notáveis. Não é por acaso que ele é considerado o criador do estilo de desenhos animados nos anos 60 e 70. Space Ghost e Herculóides, entre outros, são obras suas.
Além de suas atividades quase onipresentes na HB, Toth frequentemente estava envolvido em algum projeto de HQs para editoras americanas Warren, Dell e DC Comics, em quase todos os gêneros imagináveis, de super heróis ao terror.
Toth morreu fazendo o que mais gostava, desenhando em sua prancheta, aos 87 anos de idade, em 27 de maio de 2006.
Visite sua página oficial e veja alguns dos seus trabalhos.

domingo, 3 de maio de 2009

Jungle girls

Seguindo o rastro de sucesso de Tarzan, de Edgar Rice Burroughs, surgiram os Jungle Comics em meados da década de 1930. A idéia era sempre a mesma: um aventureiro civilizado, ou quase isso, vivendo na selva. Havia uma infinidade de títulos, como Jumbo Comics, Sheena, Jungle Comics, White Princess of the Jungle, Congo Comics, e Exiting Comics, essa última com nome bastante sugestivo.
As aventuras geralmente se passavam no Congo. Não se sabe bem o motivo, mas talvez porque fosse o único país africano do qual os artistas americanos conseguissem se lembrar.
Acontece que esses clones do Tarzan precisavam de companhia em suas aventuras e nada melhor para um homem solitário no meio do mato que uma bela mulher. O próprio Tarzan tinha sua Jane, então todos precisavam de uma companheira também.
As popularmente conhecidas Jungle girls tiveram uma grande importância para os soldados americanos na Segunda Guerra, pois sempre apareciam nos comics com um mínimo de roupa aceitável para a época. Aquelas inocentes revistinhas recheadas de mocinhas loiras em trajes sumários de pele de leopardo, certamente tinham uma utilidade extra-literária para eles nas desoladas trincheiras da Europa.
Com o fim da guerra, os Jungle Comics perderam seus ávidos leitores nos campos de batalha, mas continuariam sendo publicados, mesmo com as restrições impostas pelo Comic Code.
Em 1965, a Marvel criou Ka-Zar, o Senhor da Terra Selvagem, filho de um nobre inglês, ele vive em um paraíso isolado de clima tropical em plena Antártida, povoada por espécies de animais extintos no resto do mundo, principalmente dinossauros.
Ka-Zar perambulava pela Terra selvagem em companhia de Zabu, um feroz tigre dentes de sabre e de Shanna, uma mocinha loira em trajes sumários de pele de leopardo.
Recentemente o artista Frank Cho recriou a Shanna, sem o Ka-Zar e bem mais interessante e, digamos, mais dotada que a original. Frank Cho teria ficado milionário nos anos da grande guerra.

sábado, 21 de março de 2009

Capitão Mistério

No início dos anos 70 a Marvel Comics começou a investir em publicações de terror, como a exelente A Tumba de Drácula (The Tomb of Dracula), entre muitas outras. No Brasil, nesta mesma época a editora Bloch adquiriu os direitos de publicação da Marvel, e criou um selo para especificar as revistas de terror. Surgiu então a linha Capitão Mistério: A Tumba de Drácula, Aventuras Macabras, Lobisomem, A Múmia Viva, Frankenstein, Cine-Mistério, Histórias FantásticasClássicas do Pavor, só para citar as pricipais. Todas em formatinho, em cores e geralmente com 68 páginas e capas pintadas, muito bonitas e infelizmente poluídas pelo excesso absurdo de chamadas que a editora usava em suas publicações.

Com o tempo a Bloch começou a inserir nestas publicações algumas histórias feitas por artistas brasileiros, e aos poucos, todas as revistas com o selo Capitão Mistério passaram a ser produzidas por artistas nacionais.

Em relação às publicações citadas acima, todas podem ser encontradas disponíveis para download no blog Nos Tempos da Bloch, uma excelente iniciativa de resgatar esse material que fizeram a alegria dos fãs de HQ de terror e mistério. Já no Nostalgia do Terror, que frequentemente é citado aqui, encontram-se várias capas dessas revistas .


quinta-feira, 19 de março de 2009

Arrepios...

Propaganda da revista A Tumba de Drácula, publicada pela Bloch nos anos 70.

Superamigos Fight Club

Encontrei esse desenho feito pelo Frank Cho meio que ao acaso, navegando aleatoriamente pela rede. Trata-se de uma divertida homenagem ao grande Alex Toth, criador de alguns dos principais heróis da HB.
A cena se passa em um clube de luta de macacos siderais (!), onde vemos Gleek, o mascote dos Supergêmeos (que aparecem ao fundo) e Bleep, o mascote do Space Ghost em uma luta feroz enquanto vários personagens de ambos os desenhos fazem suas apostas. O grande legal desse desenho está nas cenas que se desenrolam no segundo plano. Dê uma boa olhada.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Phudasta Eksploitaatiota! Quadrinhos eróticos italianos

Algum tempo postei uma matéria sobre as HQs eróticas da Idéia Editorial, publicados no início dos anos 1980. Recentemente encontrei o Puhdasta Eksploitaatiota, um site com publicações da Edifumetto, a editora italiana responsável pela criação desse material.
Na lista de fumetti podemos encontrar várias edições zipadas e prontinhas para download, como Hessa, que conta as aventuras de uma sensual espiã nazista; Karzan, uma versão pansexual de Tarzan, que foi pulicado aqui como Zartan(!) e a repugnante Terror Blu. Baixei todos os números disponíveis de Maghella (Loreta no Brasil) e fiquei bastante satisfeito.
O único problema é que todas as HQs estão em Islandês, mas mesmo assim dá pra curtir esses gibis, afinal as histórias não são tão complexas assim...
Dá pelo menos pra matar saudade dos tempos da Idéia Editorial, ou mesmo conhecer essas produções.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Lanterna Verde e seu amigo surtado

Alan Scott, o Lanterna Verde da Era de Ouro tinha um parceiro chamado Doiby Dickles, um taxista baixinho, gorducho e aparvalhado do Brooklyn, que frequentemente usava um babador, e que, a julgar pela capa ao lado e outras tantas da revista All American Comics, tinha o estranho hábito de arrebentar a cabeça de criminosos inconscientes com uma pesada chave inglesa enquanto cantarolava alguma coisa. Pior que isso nem dá pra imaginar. Um parceiro perfeito para qualquer super-herói.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Punhos de Aço, o rei do Kung - Fu

Criado por Roy Thomas e Gil Kane, Daniel Rand, o Punho de Ferro iniciou sua trajetória nas edições nº15 a 25 da revista americana Marvel Premiere, e em seguida em seu próprio título, Iron Fist, que durou apenas 15 números. Foi um personagem criado para acompanhar a onda de kung-fu dos anos 70, com o poder místico de concentrar sua energia interior em um dos punhos, tornando-o duro como ferro.

Publicada pela Bloch em Setembro de 1976, Punhos de Aço (mudaram o nome original, para variar) foi bem recebida pelos fãs de quadrinhos de artes marciais. Além das histórias, com aquele colorido exagerado característico da Bloch, ainda tinha um monte de coisinhas interessantes nessa publicação, dês de aulas de luta nas páginas centrais, pôsteres e matérias de filmes. Uma coisa que chama a atenção é que além do nome original do personagem ter sido mudado, trocaram também as cores do seu uniforme, que originalmente era verde e amarelo e foi mudado para azul e vermelho. Não que isso fosse novidade nas publicações da saudosa Bloch, mas até hoje não sei por que raios fizeram isso. Mas enfim, Punhos de Aço foi cancelada no nº5 e o protagonista reapareceu nas revistas da Editora Abril rebatizado corretamente como Punho de Ferro e ganhou de volta as cores originais do seu colante. Em sua melhor fase foi desenhado pelo artista John Byrne e roteirizado por Chris Claremont.

Uma coisa bastante interessante em Punhos de Aço era a propaganda das cadernetas de poupança Grande Rio, nas quais Shang Chi, o Mestre do Kung-Fu, proclama durante uma luta: "Não importa que eu tenha sido deserdado pelo meu pai, Fu-Manchu. Aí está a caderneta de poupança Grande Rio, que multiplica o meu dinheiro com juros e correção monetária para me ajudar!". Ridículo, mas engraçado.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Caveiras me mordam!

Apresentado pelo simpático Caveirinha Sombrio, o Nostalgia do Terror é um site muito bem organizado, dedicado a memória dos quadrinhos macabros. Traz várias informações sobre títulos e editoras nacionais de várias épocas, dês da década de 1950. Possui diversas galerias, todas interessantes, mas vale destacar as capas de publicações antigas, organizadas por editora e as HQ em PDF, disponibilizadas para download gratuito.
Eu poderia ficar horas aqui falando desse ótimo trabalho realizado por Ulisses Azeredo e sua equipe, mas é melhor que você veja por si mesmo: www.nostalgiadoterror.com

Aproveite, antes que seja tarde demais...

quinta-feira, 20 de março de 2008

Upa, upa

Quando vi essa capa pela primeira vez, não foi o fato de ver três super-heróis brincando de gangorra que me chamou a atenção. Olhei bem para Batman e Robin e pensei: “Será que sou eu que vejo maldade em tudo?” A julgar pela descontração do rapaz, acho que poderiam ficar naquela posição por muito e muito tempo... Mas parece que a menina de rosa percebeu algo...

domingo, 16 de março de 2008

Fraldinha vermelha?

Como assim Super-Bebê? De onde tiraram isso? O pior de tudo é ver o moleque de bota, capa e fraldinha vermelha. Esse absurdo foi publicado no Brasil na revista Super-Homem nº18, da Editora Abril, em 1985. Tenham dó.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Toda hora é meia-noite...

A RGE publicava regularmente em seus gibis (inclusive nos infantis) esse anúncio da Kripta, com o mesmo slogan do comercial da TV. Horripilante!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Idéia Editorial e seus fumetti bizarros

Em 1980, em quase toda banca de jornal, lá no fundo junto com as “revistinhas de sacanagem”, você se deparava com alguma publicação de quadrinhos eróticos da Idéia Editorial. Era um material muito interesante, originalmente publicadas na Itália pela Edifumetto.
As edições eram volumosas e bem cuidadas, com capas pintadas, bonitas de se ver. Os desenhos, sempre em preto e branco, sofriam com um estilo acadêmico meio monótono, mas mesmo assim razoáveis.
Os diversos títulos variavam do conto de fadas malicioso ao terror. As histórias eram recheadas de sexo e devassidão para todos os gostos e, invariavelmente, violentas. Na França, onde também foram publicadas, algumas chegaram a ser censuradas. Aparentemente, nenhuma idéia era demasiadamente grosseira ou de mau gosto para a equipe de produção dessas revistas.
Branquela (Biancaneve, no original), a Branca de Neve versão fumetti, era uma das mais divertidas. Dá para imaginar o que acontecia nas histórias... Orgia de Branquela com os anões, a rainha má em uma missa negra e até uma impagável cena de Branquela transando com Chapéuzinho Vermelho.
Já as histórias do Conde Dinho, passavam-se nos anos 30 e narravam as terríveis aventuras de Jimmy Wallestein, um milionário que ocultava o rosto deformado e odioso sob uma máscara. Apesar do que as ilustrações das capas sugerem, não se tratava de horror sobrenatural, mas de um monstro cruel e sádico, que caçava criminosos impiedosamente, aplicando sua justiça violenta a qualquer custo.
Na linha de terror propriamente dito, tínhamos Zora e Vampi, vampiras sedentas por sangue e algo mais; além de Morcego Negro. Provavelmente, o mais notável entre estes títulos de terror foi Frígida, uma morta ninfomaníaca que matava ou mutilava seus parceiros sempre que tentava ter relações sexuais. Talvez a (anti) heroína mais bizarra de todos os personagens que mencionei aqui.
Zarro, “o mascarado traçador”, era um espadachim que, além de combater a injustiça e a opressão tinha o hábito de desenhar um “Z” nas bundas das mulheres; e Playcolt, um espião internacional igualzinho ao Alan Dellon, capaz de coisas que deixariam o 007 vermelho de vergonha.
Como eu já disse, o bom-gosto não era o forte dessa revistas, portanto, se você é um leitor exigente não perca tempo procurando por elas. Porém, se você é um daqueles que tem uma curiosidade mórbida por bizarrices, vale a pena conhecer esse material.

sábado, 29 de setembro de 2007

Dico - futebol em quadrinhos

Dico, O Artilheiro, publicado no Brasil nos anos 70 pela RGE, foi uma criação do argentino José Luis Salinas, em uma tentativa do King Features Syndicate de popularizar o futebol nos Estados Unidos, mas que acabou vendendo mais aqui do que lá. Seguindo os mesmos padrões de Fantasma e Mandrake (também do King Features), a publicação mostrava as histórias de Dico, jogador do Estrela F.C. e que nas horas vagas combatia o crime ao lado do seu companheiro Jaffe. Um gibi legalzinho, com personagens e situações de uma época em que o futebol era bem diferente.

Essa era a propaganda oficial da revista.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Kripta: saudades de um passado tenebroso

Em 1958 o publicitário James Warren criou a Warren Publishing e lançou a revista Famous Monsters of Filmland, sobre filmes de terror. Em 1964, Monster World foi para as bancas, com o mesmo estilo de sua predecessora e a quadrinização do filme A Múmia, de 1931. A revista era em formato magazine e não teve problemas com o Código de Ética que assolava os comics. Foi uma boa saída que se mostrou genial, pois no ano seguinte foram publicadas duas revistas no mesmo formato só com quadrinhos: Creep e Eerie, para a felicidade dos fãs do gênero, conseguindo um ótimo nível de qualidade, só visto antes nas publicações da cultuada EC Comics, uma década antes.
Em setembro de 1976, aqui no Brasil, a RGE (Rio Gráfica e Editora), lança Kripta, com o material apenas da Eerie e em formato um pouco menor que o americano, permanecendo assim até o número 26, quando passou para o “formatinho” até o número 60, sua última edição, em junho de 1981. Um comercial de TV anunciava a publicação, finalizando com a frase "Com Kripta, qualquer dia é sexta-feira, qualquer hora é meia-noite".
As capas eram primorosamente pintadas e verdadeiramente assustadoras, sendo boa parte delas assinadas por José Evaldo e Walmir Amaral de Oliveira, da própria RGE. Algumas ilustram este post, mas você pode conferir a coleção completa e em tamanho grande no site Nostalgia do Terror. Essas capas, aliás, não raramente superavam o próprio conteúdo da revista, que nem sempre era tão visceral, apesar de algumas edições trazerem genuínos fragmentos de horror e suspense como Cruz de Madeira (Kripta #16), Cão do Inferno de Bruce Jones e Russ Heat (Kripta # 48), Terra dos Ossos de Buddy Saunders e Esteban Maroto (Kripta # 56), Filho de Ninguém de Bob Toomey e Leo Durañona (Superalmanaque de Kripta #2) e Os Viajantes Do Horizonte de Cary Bates e Leo Durañona que foi publicada do nº 39 até o 47. Algumas edições ainda traziam resumos de filmes (como os nºs 27, 30 e 31) ou posters ( nºs 28 e 29).
Além da Kripta periódica, a RGE publicou vários especiais como Almanaque de Kripta (3 edições, entre 1977 e 1979), Superalmanaque de Kripta (2 ed., 1980), Kripta Especial (1 ed. em 1979), além de Edgar Alan Poe e Vampirella e um Kripta Especial de Luxo, com capa dura que, se não me falha a memória, foi vendida apenas pelo correio (em 1978). Kripta sem dúvida, foi uma grande revista que marcou a vida de muitos aficionados por quadrinhos e talvez tenha sido a melhor publicação de horror na década de 70 aqui no Brasil.

Vida longa à Kripta!!! (mesmo após sua morte).

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Arremesso de falo

Não sei de onde a Supergirl arrancou aquele negócio que ele está arremessando mas deve ter doído muito no dono do... Hamm... Digamos, armamento...