domingo, 3 de maio de 2009

Jungle girls

Seguindo o rastro de sucesso de Tarzan, de Edgar Rice Burroughs, surgiram os Jungle Comics em meados da década de 1930. A idéia era sempre a mesma: um aventureiro civilizado, ou quase isso, vivendo na selva. Havia uma infinidade de títulos, como Jumbo Comics, Sheena, Jungle Comics, White Princess of the Jungle, Congo Comics, e Exiting Comics, essa última com nome bastante sugestivo.
As aventuras geralmente se passavam no Congo. Não se sabe bem o motivo, mas talvez porque fosse o único país africano do qual os artistas americanos conseguissem se lembrar.
Acontece que esses clones do Tarzan precisavam de companhia em suas aventuras e nada melhor para um homem solitário no meio do mato que uma bela mulher. O próprio Tarzan tinha sua Jane, então todos precisavam de uma companheira também.
As popularmente conhecidas Jungle girls tiveram uma grande importância para os soldados americanos na Segunda Guerra, pois sempre apareciam nos comics com um mínimo de roupa aceitável para a época. Aquelas inocentes revistinhas recheadas de mocinhas loiras em trajes sumários de pele de leopardo, certamente tinham uma utilidade extra-literária para eles nas desoladas trincheiras da Europa.
Com o fim da guerra, os Jungle Comics perderam seus ávidos leitores nos campos de batalha, mas continuariam sendo publicados, mesmo com as restrições impostas pelo Comic Code.
Em 1965, a Marvel criou Ka-Zar, o Senhor da Terra Selvagem, filho de um nobre inglês, ele vive em um paraíso isolado de clima tropical em plena Antártida, povoada por espécies de animais extintos no resto do mundo, principalmente dinossauros.
Ka-Zar perambulava pela Terra selvagem em companhia de Zabu, um feroz tigre dentes de sabre e de Shanna, uma mocinha loira em trajes sumários de pele de leopardo.
Recentemente o artista Frank Cho recriou a Shanna, sem o Ka-Zar e bem mais interessante e, digamos, mais dotada que a original. Frank Cho teria ficado milionário nos anos da grande guerra.

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