sábado, 21 de março de 2009

Inveja infernal

Capitão Mistério

No início dos anos 70 a Marvel Comics começou a investir em publicações de terror, como a exelente A Tumba de Drácula (The Tomb of Dracula), entre muitas outras. No Brasil, nesta mesma época a editora Bloch adquiriu os direitos de publicação da Marvel, e criou um selo para especificar as revistas de terror. Surgiu então a linha Capitão Mistério: A Tumba de Drácula, Aventuras Macabras, Lobisomem, A Múmia Viva, Frankenstein, Cine-Mistério, Histórias FantásticasClássicas do Pavor, só para citar as pricipais. Todas em formatinho, em cores e geralmente com 68 páginas e capas pintadas, muito bonitas e infelizmente poluídas pelo excesso absurdo de chamadas que a editora usava em suas publicações.

Com o tempo a Bloch começou a inserir nestas publicações algumas histórias feitas por artistas brasileiros, e aos poucos, todas as revistas com o selo Capitão Mistério passaram a ser produzidas por artistas nacionais.

Em relação às publicações citadas acima, todas podem ser encontradas disponíveis para download no blog Nos Tempos da Bloch, uma excelente iniciativa de resgatar esse material que fizeram a alegria dos fãs de HQ de terror e mistério. Já no Nostalgia do Terror, que frequentemente é citado aqui, encontram-se várias capas dessas revistas .


quinta-feira, 19 de março de 2009

Arrepios...

Propaganda da revista A Tumba de Drácula, publicada pela Bloch nos anos 70.

Superamigos Fight Club

Encontrei esse desenho feito pelo Frank Cho meio que ao acaso, navegando aleatoriamente pela rede. Trata-se de uma divertida homenagem ao grande Alex Toth, criador de alguns dos principais heróis da HB.
A cena se passa em um clube de luta de macacos siderais (!), onde vemos Gleek, o mascote dos Supergêmeos (que aparecem ao fundo) e Bleep, o mascote do Space Ghost em uma luta feroz enquanto vários personagens de ambos os desenhos fazem suas apostas. O grande legal desse desenho está nas cenas que se desenrolam no segundo plano. Dê uma boa olhada.

quinta-feira, 12 de março de 2009

E se... O Superman fosse a Oz?



13 Clássicos apavorantes

O ser humano sempre sentiu medo. E aparentemente é a única criatura que aprendeu a sentir prazer com ele. São incontáveis os meios de expressão que bebem nessa fonte terrível. O cinema é a forma mais popular, mas é na literatura que o verdadeiro terror se esconde, penetrando fundo na mente daqueles que se aventuram a buscar alguns bons arrepios. Ao invés de ver, sua mente cria sua própria imagem pessoal daquilo que está lendo e isso geralmente torna a experiência mais assustadora.
Mas enfim, vamos ao objetivo desse tópico que é apresentar uma pequena lista de romances clássicos que já tiraram o sono de muita gente.

Frankenstein (1818) de Mary Shelley
Histórias Extraordinárias (1848) de Edgar Allan Poe
A Casa das Sete Torres (1851) de Nathaniel Hawthorne
Carmilla: Morrer de Prazer (1871) de Sheridan Le Fanu
Drácula (1897) de Bram Stoker
Histórias de Fantasmas (1904) de M.R. James
Um Sussurro nas Trevas (1927) de H.P. Lovecraft
O Lobisomem de Paris (1933) de Guy Endore
Eu Sou a Lenda (1954) de Richard Matheson
Psicose (1959) de Robert Bloch
O Exorcista (1971) de Willian Peter Blatty
O Iluminado (1977) de Stephen King
Os Mortos-Vivos (1979) de Peter Straub

Você deve estar pensando: “mas eu já vi os filmes com essas histórias.” Creia em mim: por melhor que possa ter sido o filme não chega nem perto do romance original. Vale lembrar que para ler alguns desses livros em seu PC sem gastar um centavo basta digitar o título no Google seguido da palavra download.
Boa leitura!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Phudasta Eksploitaatiota! Quadrinhos eróticos italianos

Algum tempo postei uma matéria sobre as HQs eróticas da Idéia Editorial, publicados no início dos anos 1980. Recentemente encontrei o Puhdasta Eksploitaatiota, um site com publicações da Edifumetto, a editora italiana responsável pela criação desse material.
Na lista de fumetti podemos encontrar várias edições zipadas e prontinhas para download, como Hessa, que conta as aventuras de uma sensual espiã nazista; Karzan, uma versão pansexual de Tarzan, que foi pulicado aqui como Zartan(!) e a repugnante Terror Blu. Baixei todos os números disponíveis de Maghella (Loreta no Brasil) e fiquei bastante satisfeito.
O único problema é que todas as HQs estão em Islandês, mas mesmo assim dá pra curtir esses gibis, afinal as histórias não são tão complexas assim...
Dá pelo menos pra matar saudade dos tempos da Idéia Editorial, ou mesmo conhecer essas produções.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Lanterna Verde e seu amigo surtado

Alan Scott, o Lanterna Verde da Era de Ouro tinha um parceiro chamado Doiby Dickles, um taxista baixinho, gorducho e aparvalhado do Brooklyn, que frequentemente usava um babador, e que, a julgar pela capa ao lado e outras tantas da revista All American Comics, tinha o estranho hábito de arrebentar a cabeça de criminosos inconscientes com uma pesada chave inglesa enquanto cantarolava alguma coisa. Pior que isso nem dá pra imaginar. Um parceiro perfeito para qualquer super-herói.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

HB e os heróis da TV


Lá pelos anos 60 os estúdios Hanna-Barbera, de Bill Hanna e Joe Barbera, começaram produzir desenhos animados maciçamente, criando em pouco tempo uma constelação de personagens muito legais. Os desenhos não eram nenhum primor de qualidade (se comparados aos desenhos da Disney, por exemplo), mas davam um banho em muitos da época, inclusive nos desgraçados desenhos da Marvel, que eram um lixo.

Na quase infinita galeria de personagens infantis como Zé Colméia, Dom Pixote, Bionicão, Formiga Atômica, Pepe Legal, etc., havia alguns voltados para um público um pouco mais velho, e é aí que entram os super-heróis da HB: Os Herculóides, Galaxy Trio, Mightor, Space Ghost e Homem-Pássaro, para citar alguns. Interessante notar que não havia a menor preocupação com a origem desses heróis e nem tampouco qualquer aprofundamento psicológico. O bem e o mal eram claramente definidos: o vilão fazia alguma maldade, os heróis reagiam, eram derrotados temporariamente (para dar uma certa tensão) e reagiam para saírem triunfantes no final e só. Mas, era interessante assim mesmo e melhor do que bobagens recentes como Pokémon e outros “mons” vindos do Japão.

Esses desenhos foram exibidos durante muito e muito tempo nas TVs abertas e por assinatura. Em 1975, foram reunidos na revista Heróis da TV da Editora Abril, um gibizinho muito legal, aliás, que nada tinha a ver com a revista com o mesmo título, lançada mais tarde com os heróis da Marvel.

Ultimamente, os desenhos da Hanna-Barbera andam meio sumidos, mas felizmente temos o bom e velho YouTube para salvar nossas lembranças. E já que comecei a falar da HB vou postar mais coisas sobre esses personagens nas próximas semanas.


HB - Homem-Pássaro


Talvez o mais intessante dos heróis HB seja o Homem-Pássaro. Dotado de asas e capaz de emitir raios de energia pelas mãos ele vive enfurnado dentro de um vulcão extinto ao lado de Vingador, sua fiel águia de extimação. Quando há algum problema, como invasão alienígena, monstros marinhos, ou robôs mal-intencionados o Homem-Pássaro é acionado pelo agente caolho Falcão 7 que sempre aparece na tela de um computador gigantesco com forma de pássaro(!). Após receber as devidas instruções o herói voa através de um portal berrando “Hooooomeeeem-Pássáro”, acompanhado pelo “cráaaaaaa” do Vingador que, como todo bom ajudante de herói, sempre vai junto. Na segunda temporada do desenho, surgiu o Menino-Pássaro, um novo companheiro de aventuras, que frequentemente era capturado por algum vilão.

Após 40 episódios o desenho foi cancelado. Felizmente, o Cartoon Network lembrou-se dele quando criou o bloco Adult Swin e o Homem-Pássaro ganhou emprego em uma agência de Advocacia e um terno. Lá ele presta serviços jurídicos a outros personagens como Scooby-Doo, Jonny Quest e Chefe Apache, entre outros. Falcão 7 continua sendo seu chefe, o Menino-Pássaro é seu secretário e o Vingador tornou-se escrivão. Para quem acompanhava as aventuras do Homem-Pássaro, vê-lo agora como Harvei, o Advogado, é no mínimo ilário.